O “Paraíso” Socialista

Por André Barboza

 

Imagine… Imagine um local onde todos tem um teto sobre suas cabeças, onde todos têm alimento suficiente para viver, onde há assistência médica para todos, onde há tempo livre sem as amarras do trabalho empresarial, onde há lei e ordem. Imaginou? E se eu te dissesse que estou te descrevendo uma prisão?!

 

Pois bem, é impressionante como atualmente se “dourou a pílula” do que é o comunismo. Muitos acham belo e admirável seu ideal de igualdade; mas a igualdade deles tem o seu paralelo perfeito em uma prisão. A União Soviética era exatamente uma grande prisão para a maioria da sua população, que não podia se expressar ou prosperar, cujos carcereiros eram os membros do partido comunista. ainda é  Assim na Coréia do Norte e sempre foi essa a realidade prática da igualdade utópica do comunismo/socialismo; a maioria do povo esmagado por um Estado que, para manter todos iguais, condena 99% a uma vida de servidão enquanto 1% dos políticos se refugiam em palácios. Tanto é uma prisão que não é permitido para a população sair do país. Vide Cuba, onde milhares de pessoas se arriscam a ser comidas por tubarões para fugir para Miami.

 

Muito cuidado quando um “médico” te receitar um remédio que matou 100% dos seus pacientes. Por mais que o “teórico” de esquerda tenha estudado livros grossos e pesados e fale com pompa e orgulho, dizendo, “o capitalismo está errado por isso ou aquilo”, cuidado! Esse “médico” é um monstro, e por trás de sua suposta vontade de “justiça social” e “fraternidade”, geralmente há muitos erros e vícios. O comunista geralmente é invejoso dos resultados do trabalhador, é um frustrado com o sucesso alheio; nunca efetivamente ajudou ninguém, pois acha que isso é papel do Estado; e nunca criou um emprego, nem tem ideia do suor que existe em fazer algo frutificar. Quer colher onde não plantou e, por isso, quer a divisão forçada. Por trás da sua defesa do pobre, normalmente está uma sede de fazer parte de uma elite política/intelectual dominadora que irá controlar a vida proletariado. Essa classe sim irá explorar a população como gado, sem a possibilidade de escapatória. Sempre foi assim em todos os regimes comunistas e sempre será.

 

Um Estado que quer fazer justiça social ou redistribuição de renda geralmente é apresentado como um Robin Hood. Mas novamente, convido o sábio leitor para olhar a realidade: um Estado quanto mais intervém mais se parece a um Robin Hood que rouba de todos para dar para o governo (mais especificamente para entregar para os políticos que controlam o governo) e não para os pobres.

 

Uma sociedade sadia deveria valorizar os ricos, pois é por eles fazerem algo que é importante para o coletivo que prosperam. Por exemplo, o fazendeiro que, por acordar cedo, labutar, perseverar e saber administrar os seus bens, produz alimentos para uma multidão; o artista que com sua criatividade faz obras que são apreciadas por muitos; o nerd que criou um aplicativo de celular que se tornou tendência e ajuda muitas pessoas. A riqueza, em uma sadia economia de mercado, está associada a gerar valor, tanto para quem produz como para quem compra.

 

Portanto, é importante que o sucesso econômico seja fomentado, pois os ricos ao subirem geram bens coletivos e puxam muitos com eles: sócios, fornecedores, funcionários e toda uma cadeia de pessoas afetadas direta e indiretamente.

 

Assim como hoje se fala tanto de diversidade, deveria ser algo querido por todos que pudesse haver diferenças de renda. Pensemos em dois irmãos, um pode querer trabalhar muito, poupar e de vez em quando tirar férias na Europa; outro pode querer trabalhar menos e se divertir jogando futebol com os amigos todo fim de semana. Quem está certo, quem está errado? Viva a liberdade de escolhas! Porque o Estado teria que intervir para planificar a vida deles e os ganhos deles?

 

O comunismo, em sua visão distorcida, que infelizmente invadiu nossa cultura com seu ar de bom mocismo, tenta colocar o rico como explorador da sociedade, quando na verdade ele é um promotor da riqueza. Essa ideologia consegue inclusive muitas vezes fazer que o próprio rico tenha “certa vergonha” de o ser, enquanto o pobre, ao invés de se sentir motivado a progredir, sinta-se tomado por uma revolta por ser explorado ou vítima de um sistema opressor, sem na prática ter sido explorado por ninguém ou ser vítima de nada.

 

A tática comunista de colocar pobres contra ricos não se deve a nenhuma observação real que os ricos exploram o coletivo, (pois ao olhar para a realidade é justamente o contrário, sem os ricos todos seriam mais pobres), mas de uma vontade de manipular os humildes através desse discurso.

 

Para entender um pouco, de forma objetiva, o valor agregado pela população de alta renda podemos pensar em uma experiência hipotética. Retiremos da sociedade os 10% mais ricos, o que vai acontecer? Não haverá profissionais para executar as cirurgias mais complexas, faltarão engenheiros para elaborar as construções, e as empresas sofrerão com um provável desgoverno; em suma, será um grande atraso e potencial caos. Na visão delirante de um socialista, não deveria ocorrer nada, pois os burgueses seriam somente sanguessugas da mais valia do trabalho do proletariado. Mas agora, ainda de forma hipotética e sem fazer nenhum juízo de valor o que aconteceria se os 10% mais pobres fossem retirados? Caso Marx estivesse certo, aí sim se veria o grande caos, pois seriam esses ao serem explorados que sustentariam os demais. No entanto, é muito claro que o caos seria menor do que no primeiro caso. A solução é não retirar nenhum dos grupos e promover um ambiente de liberdade onde todos possam prosperar.

 

Ao contrário do que alguns comentadores de esquerda parecem entender, o capitalismo não foi uma invenção de certos economistas ou burgueses gananciosos, ele é uma evolução natural (e constante) da economia de mercado, relacionado com mudanças de tecnologia e cultura. Assim, não basta estalar os dedos e teremos mudado o capitalismo. Não dá para um intelectual teórico/utópico de repente achar que descobriu o modelo alternativo perfeito, ou que encontrou a solução para o capitalismo. Como uma criatura viva e dinâmica, o melhor é deixar ele, em grande medida, seguir o seu curso, interferindo o mínimo possível e somente quando a eficácia da solução for conhecida, senão os efeitos podem ser catastróficos.

 

Por exemplo, quando um governo procura controlar artificialmente o preço de algo (desde o aluguéis de imóveis, até o preço de alimentos) por entender que este item está faltando ou ficando muito caro, o resultado final será (e sempre foi) que esse item ficará ainda mais raro e mais caro, pois a oferta dele é afetada. Ao tentar tratar esse estranho paciente chamado economia de mercado os efeitos colaterais podem ser piores que a doença. Aumentar o  salário mínimo pode parecer algo benéfico aos pobres, mas na prática usualmente provoca a demissão de diversas pessoas, pois seus empregadores já não conseguem pagá-los.

 

O capitalismo é a realidade do mercado e ele se impõe a teoria. Não acredite nas palavras dos pedantes da esquerda. Acredite na realidade dos fatos: os países que prosperam são capitalistas e o comunismo/socialismo só gerou pobreza, opressão, guerra e morte.

 

André Barboza é economista

 

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